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Dossier Eficiência Energética em Edifícios

Contimetra | Sistemas de gestão de edifícios e novas Diretivas da UE (última parte)

José Luis Damián de Las Heras, Country Manager, Global Products Control, Espanha & Portugal , da Johnson Controls10/12/2025
Artigo adaptado pelo Grupo Contimetra/Sistimetra a partir do original “Building Management Systems and New EU Directives: A Johnson Controls Perspective” da autoria de José Luis Damián de Las Heras.
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O futuro do SACE numa Europa inteligente e sustentável

Podemos antecipar um futuro em que os sistemas de gestão de edifícios são omnipresentes e estão em constante evolução:

  • SACE tornar-se-á prática comum: Em breve chegaremos a um ponto em que ter um SACE é tão vulgar quanto ter elevadores em edifícios. Essa escala provavelmente reduzirá os custos, tornando-o mais acessível em edifícios pequenos ou menos complexos.
  • Mais inteligência e automação: com tantos edifícios a recolher dados, haverá um grande impulso para usar IA e Machine Learning. No futuro os sistemas aprenderão padrões e poderão auto otimizar-se, ajustando automaticamente e continuamente as configurações com base na ocupação prevista, alterações meteorológicas ou mesmo flutuações nos preços da eletricidade.
Exemplo de recomendações de Inteligência Artificial através de Software OpenBlue Enterprise Manager
Exemplo de recomendações de Inteligência Artificial através de Software OpenBlue Enterprise Manager.
  • Conectividade melhorada (edifícios como parte da rede): O SACE pode interagir rotineiramente com a rede elétrica ou fontes de energia renováveis locais. Se um edifício dispõe de painéis solares e armazenamento de baterias, o SACE pode controlar quando armazenar energia versus quando a obter da rede, otimizando o custo e a pegada de carbono. Exemplo: considerando um tarifário elétrico variável ao longo do dia o SACE “sabendo” que às 18h00 o custo da energia elétrica é mais caro pode pré-arrefecer ou pré-aquecer ligeiramente o edifício às 17h30 e, em seguida, atravessar o pico, reduzindo a procura em momentos críticos.
  • Foco na experiência do ocupante: Prevemos uma maior integração de aplicações que permitam aos ocupantes encontrar um espaço de trabalho com a sua temperatura e iluminação preferidas. Esta é a verdadeira promessa dos “edifícios inteligentes”.
  • Evolução contínua das políticas: É provável que com esta trajetória regulamentar, em 2040 ou 2050, os edifícios existentes possam sofrer sanções caso não atinjam determinadas classes energéticas.

Embora o foco imediato seja a conformidade e a poupança energética, os efeitos em cascata irão provocar a modernizarão de toda a indústria. Os edifícios servirão as pessoas e o planeta melhor do que nunca.

Conclusão

Existe uma mensagem clara: é obrigatório tornar os edifícios mais inteligentes para se atingir os objetivos em matéria de energia e clima.

Um edifício que cumpra estas novas normas não só cumprirá a lei como consumirá menos energia, custará menos para funcionar, proporcionará melhores ambientes aos seus ocupantes e estará bem preparado para o futuro.

A minha opinião, em representação da Johnson Controls, é que o futuro da gestão de edifícios na Europa é brilhante. Vamos viver e trabalhar em edifícios que se ajustam de forma inteligente às nossas necessidades e minimizam o uso dos seus recursos.

No final, um mundo com edifícios mais inteligentes é um mundo melhor: melhor para as empresas, melhor para as pessoas e melhor para o ambiente. É hora de abraçar a revolução dos edifícios inteligentes – chegou e veio para ficar.

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Artigo Completo 'Sistemas de Gestão de Edifícios e Novas Diretivas da EU: Uma Perspectiva da Johnson Controls'

https://www.contimetra.com/Conteudos_F/AC/artigos/Building_Management_Systems_and_New_EU_Directives_A_Johnson_Controls_Perspective_Jose_Luis_Damian_de_las_Heras.pdf

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