“Vamos lançar hoje o leilão de gases renováveis que visa injetar 140 milhões de euros em 10 anos, financiado pelo Fundo Ambiental, para compensar as flutuações de preços nos projetos de hidrogénio verde e biometano, projetos importantes de descarbonização para melhorar a economia circular”, referiu a ministra aquando da sessão de abertura da Cimeira.
A ministra explicou que o leilão “visa injetar 140 milhões de euros em 10 anos, financiado pelo Fundo Ambiental, para compensar as flutuações de preços nos projetos de hidrogénio verde e biometano, projetos importantes de descarbonização para melhorar a economia circular”.
A iniciativa, anunciada naquele que foi o primeiro comunicado sobre a estratégia de energias renováveis do novo governo, é reflexo das fortes ambições do mesmo para o setor da energia. Uma estratégia que pretende dar mais poder de decisão quer ao consumidor, quer às empresas.
A par disso, e segundo palavras da ministra, o governo aposta em matérias como a simplificação da burocracia, nomeadamente no que concerne ao licenciamento de projetos. Sobre isto Maria da Graça Carvalho revelou que os trabalhos de revisão do Plano Nacional Energia e Clima deverão estar finalizados no final de junho, data em que o mesmo entrará em consulta pública.
O que se pretende, afirmou a ministra, é procurar alternativas. E é aqui que entra o hidrogénio e os gases renováveis. Sendo que, no caso do hidrogénio, Portugal está numa boa posição. A prova, lembrou Maria da Graça Carvalho é que o primeiro concurso lançado pelo Banco Europeu de Hidrogénio distinguiu dois projetos portugueses. No total de 720 euros destinados à produção de hidrogénio renovável na União Europeia uma “grande parte deste valor está alocado a Portugal”.
Este reconhecimento dos projetos portugueses dá crédito a uma visão do governo, a de que “o desempenhará um papel fundamental em aprimorar a atratividade e competitividade da indústria portuguesa”.
Sobre uma outra forma de energia renovável – a eólica offshore – o governo deverá apresentar “alguns resultados” no início do Verão.
A ministra terminou a sua intervenção referindo as outras áreas importantes para a estratégia do governo. São elas a a eficiência energética dos edifícios, o combate à pobreza energética e a promoção da integração de Portugal no mercado europeu de energia, através da criação de mais interconexões.
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