Trane - Portugal - Sociedade Unipessoal, Lda
Informação profissional do setor das instalações em Portugal

Somos um país líder na transição energética para a mobilidade elétrica

Luís Barroso, presidente da MOBI.E27/12/2023
Portugal foi, em 2015, o primeiro país a assinar o acordo de Paris que visa atingir a neutralidade carbónica em 2050. Em 2010, foi pioneiro e inovador ao criar legislação específica para a mobilidade elétrica, quando apenas em 2014 a União Europeia tomou essa iniciativa.
Imagen
As infraestruturas de carregamento têm evoluído de forma exponencial e muito positiva ao longo da última década. Em 2015, quando a MOBI.E iniciou a sua atividade enquanto Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME), existiam em Portugal cerca 400 postos de carregamento. No final de 2019 integravam a rede mais de 700 postos e, neste momento, contamos com mais de 3.800 postos. Este não é um crescimento linear, é um crescimento exponencial que foi reforçado no final de 2020 com a fase plena de mercado, quando a MOBI.E se reposiciona como instrumento público promotor do modelo que garante a interoperabilidade das diversas redes privadas, tornando-se facilitadora do crescimento do mercado.
Neste momento, a rede Mobi.E está presente em todos os 308 municípios nacionais. Em paralelo tem-se verificado um grande crescimento do parque automóvel de veículos elétricos, que atualmente conta com mais de 185 mil veículos BEV (100% elétricos) e PHEV (híbridos plug-in). Pela primeira vez, em julho deste ano, as vendas de veículos elétricos, incluindo híbridos, igualaram as vendas de veículos a combustão. As intenções de compra dos consumidores estão a mudar, algo que também é influenciado pelos objetivos dos próprios fabricantes que atualmente estão muito mais focados numa oferta de elétricos, um fator também condicionado pelas regras europeias que determinam o fim da venda de veículos novos a gasolina e gasóleo a partir de 2035.
No entanto, é inegável que uma rede de carregamento de veículos elétricos robusta, fiável e de fácil utilização cria um contexto mais favorável, garantindo aos condutores que as suas necessidades estão a ser colmatadas, algo que o aumento de autonomia dos veículos também tem vindo a proporcionar. Este contexto é algo que a MOBI.E tem vindo a possibilitar com o seu modelo de interoperabilidade, que facilita o carregamento em postos de qualquer operador.
Prova disso é também o incrível aumento do número de utilizadores da rede de carregamentos nacional, que cresce de cerca de mil utilizadores, em 2015, para mais de 135 mil utilizadores, atualmente. Sentimos que, neste momento, o consumidor português tem uma consciencialização crescente para a necessidade de alterar padrões de mobilidade, entrando num caminho mais sustentável que vai contribuir para a descarbonização e a maior preservação ambiental.
É por esse motivo que fazemos questão de manter uma monitorização das vantagens ambientais de utilizar veículos elétricos, focando-nos no ganho ambiental que conseguimos proporcionar através da utilização da rede Mobi.E. São números muito relevantes. Este ano, foram quase 300 milhões de quilómetros percorridos com veículos carregados na rede Mobi.E, foram poupadas mais de 36 mil toneladas de emissões de CO2 e foi evitado o consumo de 13 mil toneladas de gasóleo. Seriam precisas mais de 500 mil arvores em ambiente urbano, com 10 anos, para reter a mesma quantidade de CO2.
Apesar de termos atravessado um período de pandemia, que limitou de forma muito direta a mobilidade ao longo de dois anos, o efeito produzido foi precisamente uma maior consciencialização ambiental dos consumidores e um impulso que se veio a sentir no mercado de veículos elétricos. A questão pandémica foi, aliás, um condicionante da mobilidade, mas também de toda a parte logística de produção e entrega de automóveis. Condicionou os preços dos contentores, os componentes para a fabricação de veículos e a entrega dos mesmos. No entanto, neste momento de retoma e estabilização do setor, a procura por estas tipologias é notoriamente elevada.
Enquanto país, Portugal também tem sido pioneiro nas matérias associadas à sustentabilidade. Foi, em 2015, o primeiro país a assinar o acordo de Paris que visa atingir a neutralidade carbónica em 2050. Em 2010, foi pioneiro e inovador ao criar legislação específica para a mobilidade elétrica, quando apenas em 2014 a União Europeia tomou essa iniciativa. Nesse momento, alias, a União Europeia prepara-se para aprovar um Regulamento Europeu que se assemelha bastante ao modelo implementado pela MOBI.E, no sentido de facilitar a interoperabilidade entre as redes de carregamentos dos vários países, abrindo caminho a uma melhor mobilidade elétrica europeia.
No que diz respeito ao nosso modelo, este é um estudo de caso que nos leva a ser convidados para diversos fóruns nacionais e internacionais, onde o objetivo é partilhar conhecimento sobre as melhores práticas na transição para a mobilidade elétrica. A internacionalização é algo no qual já estamos a trabalhar há algum tempo, com o objetivo de posicionar Portugal precisamente como um dos países pioneiros da mobilidade elétrica, reduzir custos para os utilizadores e apoiar as empresas nacionais que praticam a sua atividade nesta área. O nosso foco inicial centra-se, sobretudo, em Espanha.
Além de tudo isto, não podemos deixar de referir o conjunto de subsídios para apoiar a transição para uma mobilidade mais sustentável, com apoios do Fundo Ambiental para aquisição de veículos elétricos e instalação de postos de carregamento em condomínios, o apoio para a aquisição e instalação de postos de carregamento de veículos elétricos em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e equiparadas, como forma de complementar o apoio PRR às viaturas adquiridas (ou a adquirir) no âmbito do Programa Mobilidade Verde Social, fomentando assim o uso destas viaturas junto da comunidade da Economia Social e Solidária, bem como um conjunto de isenções fiscais na aquisição e utilização de viaturas elétricas. Estas medidas estão incluídas numa política integrada de promoção de modos mais sustentáveis de mobilidade definida no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030), aprovado em 2020, e mais recentemente a Estratégia para a Mobilidade Ativa Ciclável 2030 e a Estratégia para a Mobilidade Ativa Pedonal 2030.
A consciência cívica dos Portugueses, impulsionada também por sermos um país vulnerável às alterações climáticas, é sem dúvida uma oportunidade. Mas também a questão financeira, num momento em que já sentimos na pele a instabilidade dos preços dos combustíveis. As empresas, seja por motivos de responsabilidade social ou financeiros, estão também a embarcar cada vez mais no universo da mobilidade elétrica.
Naturalmente que existem desafios a uma transição desta natureza. Trata-se de um processo dispendioso e que necessita de elevados fundos financeiros para ter sucesso nos prazos estipulados. Ainda existe um caminho pela frente, mas neste momento podemos dizer que esta jornada já foi iniciada há muito tempo e que o caminho percorrido apresenta já resultados muito consideráveis.

REVISTAS

Bosch - Termotecnologia, S.A. (Bosch Junkers)Panasonic: a tua casa poupa. O planeta também.Siga-nosLisboa Feiras, Congressos e Eventos / Associação Empresarial (Smart Cities Summit - Fil - Tektónica)Profei, S.L.Daikin - Ar CondicionadoSolius

Media Partners

NEWSLETTERS

  • Newsletter O Instalador

    29/04/2024

  • Newsletter O Instalador

    22/04/2024

Subscrever gratuitamente a Newsletter semanal - Ver exemplo

Password

Marcar todos

Autorizo o envio de newsletters e informações de interempresas.net

Autorizo o envio de comunicações de terceiros via interempresas.net

Li e aceito as condições do Aviso legal e da Política de Proteção de Dados

Responsable: Interempresas Media, S.L.U. Finalidades: Assinatura da(s) nossa(s) newsletter(s). Gerenciamento de contas de usuários. Envio de e-mails relacionados a ele ou relacionados a interesses semelhantes ou associados.Conservação: durante o relacionamento com você, ou enquanto for necessário para realizar os propósitos especificados. Atribuição: Os dados podem ser transferidos para outras empresas do grupo por motivos de gestão interna. Derechos: Acceso, rectificación, oposición, supresión, portabilidad, limitación del tratatamiento y decisiones automatizadas: entre em contato com nosso DPO. Si considera que el tratamiento no se ajusta a la normativa vigente, puede presentar reclamación ante la AEPD. Mais informação: Política de Proteção de Dados

oinstalador.novaagora.com

O Instalador - Informação profissional do setor das instalações em Portugal

Estatuto Editorial