BI325 - O Instalador

35 DOSSIER FORMAÇÃO AVAC A SGT tem uma visão mais abrangente. A empresa considera que uma medida que poderia contribuir para uma maior divulgação e interesse nesta atividade seria introduzi-la no ensino profissional das escolas secundárias, à semelhança do que já está a ser feito com outras áreas de atividade. Uma forma de, mais facilmente, dar a conhecer esta área a um público mais jovem. A par isso a SGT considera que seria benéfico incluir, nos cursos de Engenharia do ensino superior, nomeadamente no plano de estudos de cada um dos cursos lecionados, informação mais aprofundada sobre o AVAC. PRÓXIMOS DESAFIOS O mundo está a evoluir a uma velocidade estonteante. Como aponta Bruno Costa, a evolução tecnológica, aquela que visa tornar os sistemas mais eficientes e criar soluções sustentáveis, tem sido exponencial. O conhecimento na área de AVAC é abrangente, englobando desde energias, mecânica de fluidos e materiais até eletrónica e eletricidade. Face a isto o executivo da Daikin acredita que, para além dos desafios do ensino e da pesquisa de informação, a expansão das áreas de estudo apresenta-se como um desafio significativo no futuro. Isto sem esquecer a consolidação do conhecimento básico, que é crucial, por ser a raiz para todos os programas de formação. Ricardo Fernandes, por seu lado, lembra que o mercado não só a nível local, como à escala europeia, está a enfrentar uma crise persistente de escassez de mão-de-obra qualificada, verificando-se uma agregação de trabalhadores de áreas completamente distintas, e sem qualquer conhecimento de AVAC. Em simultâneo, acrescenta, a transição energética rumo à descarbonização vem ditar a necessidade de dotar os atuais instaladores da combustão dos conhecimentos necessários para instalações multi-tecnologia, continuando a apoiá-los no portfolio de equipamentos de combustão, que continuarão a ser introduzidos no mercado. e se isto já parece desafiador, o executivo da Daikin junta mais um fator preponderante: o facto de a idade média dos instaladores a nível europeu ser bastante elevada, prevendo-se uma saída crescente de profissionais qualificados, torna- -se evidente a extrema necessidade de dotar os novos talentos com as diversas competências necessárias. Uma opinião, em certa medida, partilhada por Francisco Augusto, que aponta que o desafio está em trazer para este setor técnicos qualificados. “O setor por motivos estruturais não está a atrair jovens, podemos confirmar que a média de idades dos técnicos é bastante alta. Tornou-se um setor em que a complexidade com as certificações, tipo de atividade sem atração tecnológica e baixos salários simplesmente não atrai jovens. É esse o desafio, atrair jovens”, constata. Uma visão partilhada pela SGT que refere que a dificuldade atual, relacionada com a falta de mão-de-obra qualificada, tenderá a agravar-se. Na opinião de Vítor Ferreira, e do ponto de vista estrutural, o formato da formação existente encontra-se, de certa forma, estabelecido. Sendo que “é sempre importante adaptar a formação a um público-alvo – algo que constitui sempre um desafio, dado que é necessário ter informação relativamente aos seguintes tópicos: necessidades do cliente; enquadraA dificuldade atual, relacionada com a falta de mão-de-obra qualificada, tenderá a agravar-se

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