57 RENOVÁVEIS | HIDROGÉNIO da eólica”, o que leva a ambientalista a acreditar que “Portugal e Espanha poderão vir a fornecer preços muito competitivos de produção de hidrogénio verde, fruto deste potencial de energias renováveis”. Namesma linha, a APREN lembra que, a nível geográfico, o país tem ainda a seu favor rotas de transporte marítimo que podem assegurar o transporte do hidrogénio para países com elevadas necessidades energéticas como França e Alemanha, e que as relações geopolíticas são estáveis para que a exportação exista. A verdade é que Maria Santos aponta que o país cedo percebeu este potencial e “tem-se posicionado como um player estratégico importante no que é a estratégia europeia do hidrogénio e, claramente, a tentar assumir um papel exportador de hidrogénio para os outros países europeus”. E isso é visível na Estratégia Nacional para o Hidrogénio, em que “Portugal foi um dos primeiros países a desenvolver uma estratégia que consagra especificamente, e bem, Portugal como um produtor de hidrogénio verde”, aponta a ambientalista, acrescentando que na estratégia definida pelo governo português não há referência a outros tipos de hidrogénio. A par disso – diga-se além da definição da estratégia – Portugal também tem criado condições para que muitos projetos surjam. Basta pensar em Sines, por exemplo, que inclusive, lembra Maria Santos, é designado como projeto de interesse comunitário pela Comissão Europeia. Sines está-se a “posicionar para ser um hub de hidrogénio verde, com algum reaproveitamento da infraestrutura”. Com tudo isto “Portugal assume um papel importante tanto como produtor como exportador” que, na ótica da Zero, na parte da exportação, deve ser dada prioridade ao uso interno e só depois pensar na ótica de exportação com algum tipo de excedente. OS PRÓS E OS CONTRAS DO HIDROGÉNIO VERDE Nummundo que se quer cada vezmais verde – diga-se sustentável – quais as vantagens e desvantagens da utilização desta forma de energia? Sobre isto a posição da APREN é muito firme. A associação defende que a transição energética necessária para assegurar o cumprimento da meta de descarbonização estabelecida para 2050 não é possível sem a participação do hidrogénio verde no mix energético. “Além da emergência que vivemos em termos de alterações climáticas, urgem atualmente soluções que eliminem a dependência energética e garantam a
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