BI308 - O Instalador

23 de Montreal (da Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozono), um acordo global que visa proteger a camada de ozono estratosférico através da eliminação progressiva dos químicos que a empobrecem. Esta eliminação progressiva abrange tanto a produção como o consumo de substâncias que enfraquecem a camada de ozono (ODS - ozone depleting substances). PROTOCOLO DE MONTREAL: UMA FERRAMENTA PODEROSA PARA MITIGAR AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS Tendo em conta que as ODS são igualmente gases com efeito de estufa com elevado potencial de aquecimento, esta eliminação progressiva é também crítica para a atenuação das alterações climáticas. Além disso, explicou Pinzon, não obstante o facto de os hidrofluorocarbonetos (HFC) não empobrecerem a camada de ozono, o protocolo “visa reduzir progressivamente a sua produção e consumo para evitar que as ODS sejam substituídas pelos HFC, que contribuem significativamente para as alterações climáticas”. Nesta medida, o responsável disse que “são de enorme importância as sinergias com associações profissionais (como a FAIAR, por exemplo) para apoiar os países em desenvolvimento nas áreas do ambiente e clima”. Marco Pinzon afirmou que o Protocolo protege a saúde humana e o meio ambiente através da eliminação de 100 substâncias nocivas à camada de ozono, e que igualmente “contribuem para agravar o aquecimento global”. O Protocolo de Montreal, garante, é “uma das maiores ferramentas para alcançar a mitigação das alterações climáticas” e, em conjunto com os esforços da indústria AVAC, pode contribuir “para uma mudança global na luta contra as emissões”, tão necessária e urgente. Lembrou ainda que a refrigeração foi incluída nos cinco temas da COP-26 (Glasgow 2021), com destaque para compromissos de financiamento para a refrigeração. “A estratégia combinada de melhoria da eficiência energética do equipamento de arrefecimento e de redução gradual dos refrigerantes HFC, no âmbito da Emenda Kigali, representa uma das maiores oportunidades de mitigação climática atualmente disponível”, assegurou. O responsável não temdúvidas de que a coordenação da eficiência energética com a implementação de projetos de eliminação progressiva de HCFC e HFC “proporciona muitas oportunidades para a indústria e para as empresas”. Recorde-se que as emissões de HFC estão abrangidas pelo Acordo de Paris, aprovado pela Decisão (UE) 2016/1841. Assim, o Protocolo de Montreal ajuda a cumprir o objetivo de manter o aumento da temperatura global bastante abaixo dos 2 °C acima dos níveis pré-industriais e a prosseguir esforços para limitar ainda mais o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. “FALA-SE POUCO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E MUITO DE EMISSÕES DE CARBONO” Nos dias 5 e 6 de maio, o CIAR 2022 teve lugar no Centro de Congressos do LNEC, com várias sessões de trabalho e conferências, das quais destacamos algumas acompanhadas pela revista O Instalador. Andrés Sepúlveda, da Associação Internacional do Setor do AVAC e Refrigeração (ASHRAE), abordou a importância do ‘Processo de Comissionamento de Edifícios’ de alto rendimento'. “Na fase de projeto, as engenharias não se focam nos aspetos que são facilmente operativos e com manutenção simples e, muitas vezes, este processo de Comissionamento não é elaborado como devia”, começou por dizer. Sepúlveda realçou que um edifício de alto rendimento “tem de ser aquele que se constrói e é capaz de funcionar, dando as condições adequadas de conforto, saúde e segurança para os Marco Pinzon abordou a importância do Protocolo de Montreal.

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